de rapazes. Beberemos certo vinho que me deu o ministro da Alemanha...

No domingo foram os dois ao Catete, menos pelo almoço que pelo anfitrião. Aires era amado dos dois; gostavam de ouvi-lo, de interrogá-lo, pediam-lhe anedotas políticas de outro tempo, descrição de festas, notícias de sociedade.

— Vivam os meus dois jovens, disse o conselheiro, vivam os meus dois jovens que não esqueceram o amigo velho. Papai como está? E mamãe?

— Estão bons, disse Pedro.

Paulo acrescentou que ambos lhe mandavam lembranças.

— E tia Perpétua?

— Também está boa, disse Paulo.

— Sempre com a homeopatia e as suas histórias do Paraguai, acrescentou Pedro.

Pedro estava alegre, Paulo preocupado. Depois das primeiras saudações e notícias, Aires notou essa diferença, e achou que era bom para tirar a monotonia da semelhança; mas, enfim, não queria caras fechadas, e indagou do estudante de Direito o que é que ele tinha.

— Nada.

— Não pode ser; acho-lhe um ar meio sorumbático. Pois eu acordei disposto a rir, e desejo que ambos riam comigo.

Paulo rosnou uma palavra que nenhum deles entendeu e sacou do bolso um maço de folhas de papel. Era um artigo...

— Um artigo?

— Um artigo em que tiro todas as dúvidas a meu respeito, e peço ao senhor que me ouça, é pequeno. Escrevi-o a noite passada.

Aires propôs ouvi-lo