BRASILEIRA
27

çadamente compellida a embarcar-se para Portugal; e a revolução seguio seu curso mais desassombrada.

Em 24 de Março desse mesmo anno foi obrigada a regressar a Lisboa a esquadra que viera buscar o principe regente. A bandeira lusitana recuava espavorida ante o pendão triumphante da nacionalidade brasileira.

Para sellar essa grande obra da libertação politica do paiz, o decreto do 1º de Agosto de 1822 ordenou que fossem repellidas como inimigas, quaesquer tropas portuguezas enviadas ao Brasil: documento notavel, que proclamou sem rebuço á face do universo a independencia politica da terra de Santa Cruz.

No mesmo dia, em um manifesto solemne dirigido aos povos do Brasil, desprendia-se dos labios do principe este grito energico, que repercutio de valle em valle, como o verbo omnipotente da independencia americana; «Do Amazonas ao Prata não retumbe outro echo que não seja independencia.»

A 6 de Agosto o Brasil, quebrados os grilhões coloniaes, dirigia-se ás nações amigas já em nome de um povo livre.

A causa da liberdade estava triumphante.

XIII.

As difficuldades, porém, recresciam. Apenas quatro provincias acceitaram a nova ordem de cousas: S. Paulo, Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do Sul.