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Ah! não digas, oh! zoilo, mal do vate,
Se aos lares seus não volta acicalado,
Subito ferro afogaria o grito
Que pela patria erguesse!

Alli da santa liberdade os filhos,
Esses poucos que restam, fugidios,
Vivem inglorios, pois as honras dão-se
A' perjuros escravos.

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Que um raio de esperança o fado accenda,
Que um relampago só penetre as trevas,
Que o seu Brasil envolvem, nesse instante
Em pé se alçará forte!

Então seu coração no altar sagrado
Da liberdade deporá ligeiro
A branda lyra; então com nova murta
Coroará a espada.

Oh! quanto é forte um vate, se nutrido
Entre perigos foi! Se denodado
Da morte os brados retumbar ouvira
Com não mudado rosto!

Que um Thrasybulo novo se levante
C'um punhado de heroes, a tyrannia
No ensaguentado throno, já instante
Cahirá aos pés exangue.