Acordei abatido, alquebrado: todo o corpo doía-me contuso, e a cabeça pesada era como um espaço imenso, cheio de névoas, de longe em longe atravessadas pelo fio de luz de uma reminiscência.

Repuxei os lenções e, estendido, tepidamente enconchado no côncavo da cama, os olhos fitos no teto, pus-me a pensar no incidente da véspera e, como o sol entrava pelas persianas iluminando o quarto, reluzindo nos móveis, brilhando nos espelhos, pareceu-me ridículo aquele “nervosismo” que me lançara de casa, alta noite, em verdadeira fuga espavorida.