Os hóspedes começavam a aparecer à varanda, andavam pelo jardim.

Brandt, sempre só, enlevado no sonho, ouvia intimamente os ritmos antigos, a suave expressão das melodias mortas. Ia e vinha, lentamente, ao longo das frescas áleas, volteando os canteiros úmidos da rega, roçado pelas rosas moças que se inclinavam lânguidas nas hastes, já sob o eflúvio da volúpia noturna.

Por vezes detinha-se, estendia a mão a um ramo, tomava uma folha entre os dedos e enrolava-a, esmagava-a de olhos perdidos na altura, absorvido, como a seguir um sonho que se diluía docemente no éter, esfumava- se, fundia-se com a noite, entre os sonhos.

Basílio, acaçapado em uma cadeira de palha, esvurmava, com os olhos abelhudos, alguma coisa em que afiasse o sarcasmo. Carlos e Eduardo, juntos, à balaustrada, cochichavam: Chrispim assobiava baixinho encostado ao umbral de uma das portas.

A casa tinha um ar melancólico, alguma coisa lúgubre pairava nublando-lhe a expressão