nuvem de mosquitos sobre um lameiro vasto.

O dia amorrinhava abochornado. A espaços, em nesga aberta nas nuvens, o sol transluzia mortiço, doentio, filtrando uma luz amarela de cirio. Frouxos trovões rolavam preguiçosamente ao longe e as moscas, invadindo o interior agasalhado, esvoaçavam impertinentes perseguindo-se em fúria lúbrica com um zumbido monótono que ainda tornava mais sensível o morno e abafado silêncio.

Tentei trabalhar, mas a atenção fugia-me para a câmara da morta.

Uma bafagem de aroma invadiu a sala como se subisse daquele quarto funéreo e logo se me afigurou num esbatido fundo de sonho, o cadáver da inglesa, branco, como me descrevera Penalva, emoldurado em rosas e lírios alvos, as mãos postas, rigidamente enclavinhadas, como no fervor de uma prece, um sorriso beato estampado no rosto.

Abri ao acaso o grosso volume misterioso que me emprestara James e pus-me