aos ingleses, que logo se aprumaram, e preveniu-nos também:

— Estava tudo pronto. Iam fechar o caixão. Se quiséssemos... Acompanhamo-la.

Sobre uma mesa estreita, ao meio do quarto, jazia o caixão negro, folheado de ramagens de prata. Mulheres mexiam-se em volta, compondo as flores, atafulhando-as nos vãos e a morta, muito branca, parecia de cera. As faces fundas, com os ossos em ressalto, os olhos cavados, entreabertos, como desabotoando na lividez das órbitas, o nariz muito afilado, os lábios finos, sem cor, gretados e secos. Uns fios de cabelos louros iluminavam-lhe a fronte lisa. Entre as mãos ebúrneas, morriam flores e uma cruzinha de ouro pousava-lhe sobre o peito raso.

Fecharam o caixão, sem lágrimas. Os ingleses tomaram-no, levantando-o como um simples fardo: eu e Brandt secundamo-los. E saimos.

As mulheres vieram até a varanda. Passamos por entre as roseiras viçosas e os galhos balançados gotejavam sobre o caixão.