O sol brilhava triunfante, livre das nuvens que fugiam em derrota. A aragem soprava suave.

Triste cemitério de exílio!

Encostado à montanha, todo em acidentes: ora corcoveado, em cômoros, ora abismando-se em ribanceiras ingremes, com os jazigos abandonados, enegrecidos, dentro de moutas hirsutas de erva brava, as cruzes de ferro roídas pela ferrugem, as de mármore veiadas de negrume, era desolador como a própria morte naquele recanto lúgubre, entre árvores retorcidas e engelhadas, cujas raízes repontavam expostas, órfãs da terra carreada pelos aguaceiros.

A montanha, com uma torre fina espetada no viso, vertia o seu flanco estéril para o cemitério. Em frente, o mar sereno, pelo qual entrava longamente uma ponte carregada de wagons, refulgia coalhado de barcos; e longe, cintando as águas lisas, o redente da serra, mais azul do que o céu.

Chegamos à capela — nua, sem um símbolo a não ser a cruz triste, de ferro, no