extasiado na beleza, com o mesmo enlevo com que se embebia na paisagem ou nas cores vivas do céu ao dealbar e à tarde.

No teu rosto acentuava-se a mais e mais a beleza feminina, mas o corpo robustecia-se em másculo vigor e o coracão mantinha-se sempre mudo, inerte, indiferente, a ouro fio entre os dois sexos que se emparelhavam disputando-o.

Talvez só agora se te defina o ser. Entraste na puberdade que é a sazão em que a alma desabotoa revelando-se amorosa, acendendo na carne os fogos da volúpia.

Se em ti predominar o feminino que transluz na beleza do teu rosto, o rosto de tua irmã, serás um monstro: se vencer o espírito do homem, como faz acreditar o vigor dos teus músculos, serás como um imã de lascívia: mas infeliz serás como ainda não houve outro no mundo se as duas almas que pairavam sobre a carne rediviva lograram insinuar-se nela.

O Linga-sharira, ou corpo astral, “aura” ambiente, que circula, em auréola, em torno