preparo o espírito do maestro, que está como o furibundo Ajax, para ouvir-te e gozar.

— Garanto-te, sob palavra, a verdade do que te disse. Trarei o original para convencer-te.

— Pois sim, homem: vai e não te demores. A noite está linda. Receberemos a aurora ao som dos teus períodos e a loura deusa das faces de rosa só terá de que orgulhar-se. Vai! E, rindo, seguiu para o chalé trauteando uma canção, em voga.

A casa parecia deserta. A noite fria fizera os hóspedes recolherem-se. No porão, através da vidraça iluminada, uma sombra esguia ia e vinha: Crispim, com certeza, a decorar textos. Na sala de jantar um bico de gás dava uma luz escassa.

Subi aos meus aposentos e, aclarando a sala, pus-me a reunir as tiras, tornei o misterioso volume e ia sair quando bateram à porta, de leve.

Julgando ser o Alfredo, que costumava aparecer à noite para rever os arranjos do