Na sala, a que a mesa, mais estendida e mais rica, dava um aspecto solene, entre o brilho luminoso dos espelhos do bofete e dos trinchantes, por vezes, ao lufar da aragem que agitava as palmas das arécas e das latanias, havia murmúrios leves de silvas.

Os hóspedes, informados do grande acontecimento do almoço, zumbiam cochichos passeando ao longo da varanda.

Décio, que aparecera ruidoso, numa grande ânsia de arte, apelando para o “estupendo” Frederico, evocador das melodias tracias, esfuziava comentários sobre James, o Apolo bretão que, enfastiado do lânguido Olimpo e da insípida ambrosia, descera a confraternizar com os mortais, comendo à mesa, com apetite humano, o ensopado de vaca e as folhas das hortas.

Péricles, desolado, lamentava achar-se desprevenido de chapas, senão perpetuaria em um instantâneo a entrada de James.

— E so cantássemos o God savé the king!? Lembrou Décio. Mas Penalva adiantou-se.