alegres cantaram em coro a “alba” festiva.

Voos de pássaros e de borboletas anunciaram a madrugada e o sol, ainda frio, lançou as primeiras púrpuras. O gás tornava-se lívido! Apaguei-o.

Debrucei-me à janela. O jardineiro, sentado à borda de um canteiro, esfiava amarras para as plantas e a rua, em borborinho, acordava com o rumor de carroças que passavam. Tiniam campainhas, soavam trombetas e as folhas inquietas das palmeiras altas lampejavam douradas pelo sol.

Alfredo, em baixo, arremangado e descalço, atirava baldes de água à varanda, e à janela do seu aposento, esgargalado, com os cabelos em gaforinha, Basílio pigarreava rascando a goela pegajosa.

O perfume que subia do jardim era agradável e a terra úmida da rega exalava frescura.

Os olhos ardiam-me e todo o corpo amolentado vergava a um morno torpor, como em febre. Um rebôo de concha azoinava-me os