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O BATEL!
Rema, rema, gondoleiro,
Que bem me faz teu remar,
Corta as vagas, rema, rema,
Prestes corre sem parar.
Solta a véla, cassa a escola,
Deixa o batel voar,
Qu’este andar tão vagaroso
Crua dôr me faz penar.
Que t’importa o rijo vento
Que tão forte vae soprar? —
Solta a véla, gondoleiro,
Corre e vôa sem parar.
Que t’importa o furacão,
E essas ondas a brigar?
Rema, rema, gondoleiro
P’ra o logar que t’indicar.
Vae ao porto do destino
Em que a sorte me fadou
Procurar quem só de amores
Cruelmente me matou.
Quem tambem a vida e a morte,
E o coração me roubou,