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OS TEUS OLHOS!


À Exm.ª Sr.ª D. M. Rezende.


Oh! que lume tão brilhante
E tão meigo e tão constante
Tem teus olhos a luzir,
Brilham mais do que as estrellas
As mais fermosas e bellas —
No firmamento a fulgir!

Não são negros côr da noite
Que desses eu já descri —
Não são garços — que esses mentem
Que por elles já morri!

Nem dos pardos a magia —
Que só dizem — simpathia —
Tem seu brilho e seu fulgor —
Não ha no mundo expressão
Que designe o seu condão
Quando só fallam de amor!

São da côr qu’exprime n’alma
O transporte em doce calma
São olhos que tem surrir!
O mundo não tem iguaes
Teus fulgores divinaes —
Sempre, sempre hei de os sentir!