DEDICAÇÃO



Madeiro altivo vem cingrando ao longe
Per entre as agoas mansas d’esmeraldas,
Com pavilhão das Quinas Luzitanas,
Que tremulando pelo meigo sôpro
De suave brisa, — ufano, — as altas grimpas
D’alcantis primorosos, — saúda altivo!
E a instantes — repetidos échos sôam
Reflectindo nas agoas o estampido
D’alguns canhões que trôam!
E morre pouco e pouco o som nas vagas,
Annuncio lisongeiro, que alto préga
A vinda — a excelsa vinda desejada
Do da Monarca o meritorio Enviado, —
Do digno Regedor d’Africa adusta!

Exulta de Benguella, ó povo, exulta,
Neste dia de dois d’Agosto excelso
Dia p’ra nós gravado no imo d’alma!

Qual, atravez d’insolitos perigos,
Vae de soccorro a um filho — o Pai bondoso,
Tal, entre nós, Accacio da Silveira;
Sem medo á morte, no rigor de um clima,