ESPUMAS FLUCTUANTES
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Entremos!... Quantos echos na vasta escadaria,
Nos longos corredores respondem-me á porfiai...

Uli! casa de meus pães!... A um craneo já vasio,
Que o hospede largando deixou calado e frio,
Compara-te o estrangeiro— caminhando indiscreto
Nestes salões immensos, que abriga o vasto tecto.

Mas eu no teu vasio — vejo uma multidão,
Falla-me o teu silencio — ouço-te a solidão!...
Povoam-se estas salas..

E eu vejo lentamente
No solo resvalarem fallando tenuemente
Desfalma e deste seio as sombras venerandas,
Fantasmas adorados — visões subtis e brandas.-.

Aqui... além... mais longe...por onde eu movo o passo,
Como aves que espantadas arrojam-se ao espaço,
Saudades e lembranças s′erguendo— bando alado—
RDçam por mim as azas, voando p′ra o passado.

Boa Vista 18 de Novembro de 1867.