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CASTRO ALVES

crescente e colorido do madrugar espiritual de um Hugo, Schelley ou G. Leopardi.


Raymundo Corrêa em um de seus admiraveis sonetos, caracterizando em traço rapido as musas dos nossos principaes poetas romanticos, ao chegar a vez da de Castro Alves, glosa-lhe um bello alexandrino e mostra-a, em lugar da harpa de ouro,

                         Tendo
Na mão brilhante a trompa bronzeada.

Assim a imagina o poeta das Pombas; vemo-l'a tambem assim, e não de outro modo a sentiu, ao approximar-se, a virgem serrana das cadenciadas quintilhas do Hospede:

Uma buzina restrugiu no valle,
Junto aos barrancos onde geme o rio...
De teu cavallo o galopar soava
E teu cão, ululando, replicava
Aos surdos roncos do trovão bravio.

Essa buzina de amazona, a cujos accentos em outras occasiões, como á de Oberon-Shakespeare, acodem mil sêres phantasticos, emitte não raro sons epicos.

A musa de Castro Alves, tão altanada e possuida de ardor bellico como a de Tobias, ama tambem o lumo da guerra. Exceptas algumas estancias ca-