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ESPUMAS FLUCTUANTES


Do céo azul na profundeza escura
Brilhava a cstrella, como um fructo louro,
E qual a fouce, que no chão fulgura,
Mostrava a lua o semi-circ′lo d′ouro,
Do céo azul na profundeza escura.

Larga harmonia embalsamava os ares:
Cantava o ninho — suspirava o lago...
E a verde pluma dos subtis palmares
Tinha das ondas o murmúrio vago...
Larga harmonia embalsamava os ares.

Era dos seres a harmonia immensa,
Vago concerto de saudade infinda!

— Sol! não me deixes, diz a vaga extensa.

— Aura! não fujas, diz a flor mais linda;
Era dos seres a harmonia immensa!

— Leva-me! leva-me em teu seio amigo —
Dizia ás nuvens o choroso orvalho.

— Rola, f|uofoges! diz o ninho antigo,

— Leva-me ainda para um novo galho...
Leva-me! leva-me em teu seio amigo. —

— Dá-me inda um beijo, antes que a noite venha!

— Inda um calor, antes que chegue o frio... —
E mais o musgo se conchega á penha