Em seu seio escondi-rae... como á noite
Incauto colibri, temendo o açoiíe
Das iras do tufão,
A cabecinha esconde sob as azas,
Faz seu leito gentil por entre as gazas
Da rosa do Japão.
E depois... embalei-a cora meus cantos
Sftu passado esqueci... lavei com prantos
Seu lodo e maldição...
Mas um dia acordei.. E mal desperto
Olhei em torno a mim... — Tudo deserto.
Deserto o coração...
Ao vento, que gemia pelas franças
Por ella perguntei... de suas tranças
A flor que ella deixou...
Debalde... Seu logar era vasio..
E meu lábio queimado e o peito frio,
Foi ella que o queimou...
Minha alma nodoou no osculo immundo,
Bem como Satanaz — beijando o mundo —
Manchou a creação;
Simoun — crestou-me da esperança as flores.
Tormenta — ella afogou nos seus negrores
A luz da inspiração...