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Meu coração, como um crystal, se quebre;
O thermometro negue minha febre
Torne-se gelo o sangue que me abraza,
E eu me converta na cegonha triste
Que das ruinas duma casa assiste
Ao desmoronamento de outra casa!

Ao terminar este sentido poema
Onde vasei a minha dor suprema
Tenho os olhos em lagrimas immersos...
Rola-me na cabeça o cerebro ôco.
Por ventura, meu Deus, estarei louco?!
Daqui por diante não farei mais versos.

 

Parahyba — 1906