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As águias e os astros abrem aqui, nesta doce, meiga e miraculosa claridade azul, um raro rumor d′azas e uma rara resplaudescencia solemnemente immortaes.

As águias e os astros amam esta região azul, vivem nesta região azul, palpitam nesta região azul. E o azul, o azul virginal onde as águias e astros gozam, tornou-se o azul espiritualisado, a quintescencia do azul que os estrellej amentos do Sonho côroam...

Musicas passam, perpassam, finas, diluídas, finas, diluídas, e d′ellas, como se a côr ganhasse rhythmos preciosos, parece se desprender, se diffundir uma hamonia azul, azul, de tal inalterável azul, que é ao mesmo tempo colorida e sonora, ao mesmo tempo côre ao mesmo tempo som...

E som e côr e côr e som, na mesma ondulação rhythmal, na mesma etherificação de formas e volúpias, conjunctam-se, compôem-se, fundemse nos côrpos alados, intégram-se n′uma só onda

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