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impulsionadas na Luz, na refalgencia das Estrellas, de onde, a musica, a harmonia pura da Arte, serena e rythmalmente canta...

Mas, essa Forma que abre, cinzelada em astro ílammejante, essa mesma Forma sae pontuada de lagrimas, como um relicário onde eternamente ficassem guardadas as hóstias impolluidas de um amor sideral infinito.

E essa miísniis la2;rimas são azas — azas espiritaaes, partindo da fremencia de um sentimento doloroso, pungente, que nos alanceia, impacienta e agita em febre — sentimento fundamental do Profundo, do Vago, do Indefinido. ..

Turbilhões d′azas, turbilhões d′azas, turbilhões d′ azas — azas, azas e azas immensas, amplas, largas, infinitamente rufladôras, infinitamente, infinitamente, cruzando-se e accumulando-se nos tempos, nas orgias bacchicas do Sol, nas deblaterantes e atroantes nevróses das tormentas, no rouco e surdo regougar de epilépsias satânicas dos ventos.

Azas leves, finas borboleteantes, phalenosas, dos magnificentes, dos radiantes, dos delicados, dos febris, dos imaginosos, dos vibráteis, dos penetrantes, dos emotivos, dos subtis, curiosas abelhas d′ ouro, insectos flavos do sol, esmeraldas