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consolador de elevar cânticos ás Esphéras, de compor musicas leves, subtis, rhytlimos langues, finas bailadas, peregrinas barcarollas, de murmurar, emfim, queixas veladas, cinzela estroplies, vaga pelas gôndolas sideraes da Poesia...

Mas, lia também outras horas, em que o espirito, revestido de severas vestes talares, é arrastado por suggestões desconhecidas de uma eloquência magna, mais inductiva, communicativa e directa e falia então clarevidentemente pelo Psalmo austero da prosa.

Da prosa que nos faz viver com as suas videncias suggestivas, que crêa para nós novos mundos imaginativos, que nos revelia thesouros virgens, intactos de pensamento e que nos abre de par em par as portas de uma outra Vida.

Da prosa clarevidente e percuciente — alvorada de fanfarras de ouro e diamantes, (ue accórda, chamando alvoroçadamente e nervosamente a postos, 03 bellos e bravios legionários da Keivindicação do Espirito!

Do verso que nos dispérta, que nos chama com seu amor, que nos procura, que vem a nós generosamente, que nos con(]uista e que nos bate heroicamente ao peito com suas azas de águia.

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