miraculosos aquellas mãos não traçariam finamente
no ar!? Quanto poder domi nativo, real
que solemnes predominios, ({ue magestade suprema,
só com um signal rliythmico dessas mãos inteiriçadas
agora! Quanto ideal e quanta gloria
impulsionados no gesto simples, sóbrio, das mãos
que tão vehementemente palpitaram, que tantoestremeceram
e pulsaram vivas como dous estranhos
côrações que vibrassem juntos! Que fugidias
expressões nas linhas, nas curvas e (pie fluido
de mysterio, que segredo nos attritos, no contacto
quente dessas mãos cpie foram já os seres
caprichosos, flexíveis, dúcteis, das delicadesas
da forma. Dessas mãos batalhadoras, combatentes,
tenazes, onde uma vitalidade excepcional
de actividade circulava; mãos intrépidas, victoriosas,
cheias de emoção, de sensibilidade, de alma,
penetradas de uma bravura indómita de applicação,
de altivez e sereno orgulho; mãos d′onde
parecia alarem-se leves azas diaphanas e triumphaes
de um sonho o cuja ramificação das veias,
em mutiplos raios estriados, parecia também accusar
uma efforescencia perpetua de qualidades, de
aptidões, de sentimentos, de gostos, de secretas e
particulares predilecções do tacto...
Para onde foi, já, todo esse surprehendente encanto das mãos, toda essa maravilha de
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