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sentimento, como o sol nos frementes e lúbricos esponsaes com a terra.
Basta, apenas, para te purificares de todo e com solemnidade desse descáro e desse deboche, t[ue te possuas de ti próprio, que commungues os Sacramentos abstractos, que te unjas de dons incomparavelmente preciosos e bellos, despindo-′ te primeiro de todas as necedades, de todas as vanglorias, para cpie, emfim, vivas, excepcionalmente vivas; para (pie sintas, intuitiva, eloquente, a postlmma volúpia espiritual de te perpetuares, de te deffundir no Azul, de ainda, atravez dos tempos, viver...
Basta, para isso, (pae renasças de ti mesmo, com entliusiasmos bizarros, revitalisados pelo fluido de ouro, rico e fecundo, dos Idealismos, olhando as cousas com olhos sonoros, harmoniosos: que ascendas á Perfectiljilidade e surjas, simples e sereno, da lama esverdeada onde coáxas de descáro em descáro, de deboche em deboche, — sapo as(]r.eroso de sensualidades tristes — Astro immortal do Sonho, assim singularmente, curiosamente remido e perdoado para sempre de tudo, na palpitação extática das Luzes, das Formas, das Transcendencias!...
SASi£SaaMái