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O vento, queixa vaga dos túmulos, esperança amarga do passado, surdiíiava lento.

De instante a instante eu sentia a cabeça da louca pousada no meu hombro. como um pássaro mórbido, meiga e sinistra, de uma doçura e arcliangelismo selvagem e medroso, de uma perversa e febril phantasia nirvanisada e de um sacrílego erotismo de cadáveres. Ficava tocada de um pavor tenebroso e sacro, uma coisa como que a Imaginativa exaltada por caVjalisticos apparatos inquisitoriaes. como se do seu corpo se desprendessem, enlacando-me, tentaculos lethargicos, velludosos e doces e fascinativos de um animal imaginário, que me deliciassem, aterrando...

Eu a olhava bem na pupila dos grandes olhos negros, (ue, pela continua mobilidade e pela belleza quente, davam a suggestão de dois maravilhosos astros, raros e puros, abrindo e fechando as chammas no fundo magico, feérico da noite.

Naquella paizagem extravagante parecia passar o calafrio aterrador, a glacial sensação de um hymno negro cantado e dansado agoureiramente por velhas e espectraes feiticeiras nas trevas...

A lua, a grande magoa requintada, a velha lua das la gi imas, plangia, plangia, como que na

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