nascem, n'uma alvorada carinhosa e tépida de agasalho, amamentando-os com o nectar delicioso do leite.

Nessa hora extrema em que parece desprenderem-se da mulher, desatarem-se, evaporarem-se véos translucidos de virgindade, para surgir, como de um caule mysterioso, a meiga e magica flor da Maternidade.

Todo aquelle organismo fecundado estremecia, estremecia, nesse inicial e materno estremecimento virgem, vagamente lembrando as fugitivas vibrações nervosas de sonora harpa nova, de ouro puro, original e intacta, pela primeira vez vibrada com excepcional emoção por dedos inviolados e ageis...

E, em pouco, então, como n'um sumptuoso levante de purpuras, atravez de gemidos pungentes, de gritos e anciãs delirantes, a cabeça docemente pendida numa contemplativa amargura, os olhos adormentados pelas brumas crepusculares e lacrimosas de um presentimento vago, magoada e esmaecida toda a suave graça femenina, na extrema convulsão do corpo d'ella, todo aquelle surprehendente phenomeno foi como que accordando, alvorescendo, surgindo das névoas mádidas e somnolentas, lethargicas, de pesadello... E a flôr maravilhosa e rubra da materia, gerada