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cuja cor cantava-me nos olhos, quente, inflamraada, na linha longe dos horisontes em largas fachas rutilantes.

O fulvo e voluptuoso Rajah celeste derramara além os fugitivos esplendores da sua magneficencia astral e rendilhara d′alto e de leve as nuvens da delicadeza architectural, decorativa, dos estylos manuelinos.

Mas, as ardentes formas da luz pouco a pouco quebravam-se, velavam-se, e os tons violáceos vivos, destacados, mais agora flagrantemente crepusculavam a tarde, que expirava anhelante, n′um anceio indefíinido, vago, dolorido, de inquieta aspiração e de inquieto sonho...

E, descidas, afinal, as névoas, as sombras claustraes da noite, timidas e vagarosas Estrellas começavam a desabrochar floresce ntemente, n′uma tonalidade peregrina e neb ulosa de brancas e erradias fadas de Lendas...

Éra aquella, assim religiosa e ennevoada, a hora eterna, a hora infinita da Esperança...

Eu ficara a contemplar, como que somnambulisado, como o espirito indeciso e febricitante dos que esperam a avalanche de impressões e de sentimentos que se accumulavam em mim á proporção que a noite chegava com o séquito radiante e real das fabulosas Estrellas.

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