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Formas, em Espiritualidades, em Requintes, em Sonhos! Como se tu fosses das raças de ouro e da aurora, se viesses dos aryanos, depurado por todas as civilisações, cellula por cellula, tecido por tecido, crystalisado o teu ser n′um verdadeiro cadinho de idéas, de sentimentos — direito, perfeito, das perfeições offlciaes dos meios convencionalmente illustres! Como se viesses do Oriente, rei!, em galeras, d′entre opulências, ou tivesses a aventura magna de ficar perdido em Thébas, desoladamente scismando atravez de ruinas; ou a iriada, peregrina e fidalga phantasia dos Medievos, ou a lenda colorida e bizarra por haveres adormecido e sonhado, sob o rhythmo claro dos Astros, junto ás priscas margens venerandas do Mar Vermelho!

Artista! pôde lá isso ser se tu és d′ Africa, tórrida e barbara, devorada insaciavelmente pelo deserto, tumultuando de mattas bravias, arrastada sangrando no lodo das Civilisações despóticas, tôr vãmente amamentada com o leite amargo e venenoso da Angustia! A Africa arrebatada nos cyclones torvelinhantes das Impiedades supremas, das Blasphemias absolutas, gemendo, rugindo, bramando no cháos feroz, hórrido, das profundas selvas brutas, a sua formidável Dilaceração humana! A Africa laocoontica, alma de