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E o seu olfacto desejava, anciava sentir o talho sangrento nos açougues, as carnes rasgadas nos ampliitheatros anatómicos, as feridas abertas nos hospitaes de sangue, d′entre os aços frios e cortantes dos instrumentos, como indifferentes, desdenhosos apparelhos, rindo, em rijas cutiladas sonoras, cantando o hymno dos metaes fulgentes ante as torturas humanas da matéria dilacerada.

No entanto, outr ora, esse lascivo, natureza dispersa, sem unidade de conjuncto, produzira já algumas bellas paginas cantantes, estylos com flammejamentos de espadas, vibrações candentes de bigorna, scintillantes como os polidos, espelhados broqueis antigos.

Fora isso na adolescência, quando a sua natureza não se achava absorvida pela pestilência do meio ou mesmo quasi constituindo, como agora, as próprias cellulas d′elle. Eram primícias, prodigalidades do seu cérebro ainda não sazonado completamente; a abundância expontânea, mas não produzida por selecção, de um temperamento fecundo, farto de idealisação e de força, mas sem a intensidade essencial que nasce da condensação e da synthese. Aquellas paginas eram verdadeiros viços, opulências de rebentos, ílorescencias inéditas e castas que lhe brotavam do ser com o