O gato as tirava, mas quem as comia, gulosamente, piscando o olho, era o macaco...

De repente, eis que surge a cozinheira, furiosa, de vara na mão.

— Espere aí, diabada!...

Os dois gatunos sumiram-se aos pinotes.

— Boa peça, hein? disse o macaco lá longe.

O gato suspirou:

— Para você, que comeu as castanhas. Para mim foi pessima, pois arrisquei o pêlo e fiquei em jejum, sem saber que gosto tem uma castanha assada...


O bom bocado não é para quem o faz, é para quem o come.


— Quem é bobo, peça a Deus que o mate e ao diabo que o carregue, comentou Emilia.

O visconde vinha entrando. Ouviu a discussão e disse:

— Aqui está um que nunca jamais teve o gosto de comer o bom bocado. Quando chega a vez dele, aparece sempre alguem que o logra.

Todos compreenderam a indireta...

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