DE ESOPO.
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tou onde lhe doia e apertava-o e arrepelava-o tanto, que disse o Asno: Onde quer que me pões a mão, logo ahi me doe; mas rogo-te que te vas, e não me cures, que ido tu, sararei logo.


MORALIDADE.


Nunca são os máos tão peçonhentos, como quando encobrem a peçonha debaixo de mostras de amor. Porque em fim sempre o Lobo he máo; mas quando affaga he peior: e mostras de piedade no homem cruel são laços que arma para destruir o Asno, que se fia delle.