XVII

Ao outro dia cedo Frederico abriu a janella do quarto para gozar o ar fresco de uma ridente manhã. Vendo correr lá embaixo um pedaço do rio que movia-se em uma cantilena melancolica, Frederico admirava parvamente a fumaça que adelgaçando-se em capuchos de algodão do cume de um monte, parecia partir do cachimbo de um piaga sentado á porta da taba. Achava bôa e bonita a posição da sua fazenda. O céo de um azul muito lavado, com certos accidentes, dava ao dia um aspecto jovial e protector. Não demorou, appareceu Rosa com o café. O seu primeiro cuidado foi perguntar por D. Luzia, como ella havia passado a noite, se tinha dormido bem. Rosa mostrava os seus dentes aguçados circulando umas gengivas pallidas, e respondia com bom humor, um pouco envergonhada.

— Então, tia Rosa, as mocamas como vão ?

— Esrão agora molhando o jardim ?

— Boas peças, não tia Rosa ?

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