mos, no capitulo III do precitado ensaio sôbre Júlio Maria, em que sentido se podería ou não considerar Farias Brito um filósofo.
Desde logo verificámos haver dúvidas e contradições quanto a certas datas e outras minúcias da vida do eminente defensor da causa espiritualista. E nos melhores autores que dêle se teem ocupado.
Resolvemos pesquisar as causas de tais divergências e incertezas.
Estamos infelizmente em uma época em que se procura romancear a história para torná-la menos árida ao leitor comum, apressado e superficial. Grande êrro e grave prejuízo para a verdadeira cultura. Não contestamos que seja bom negócio, às vezes, de editores. E até de autores pouco escrupulosos ou sem formação técnica ou erudita. O leitor come gato por lebre e gosta. E pede mais... O cinema ainda agrava o mal e nos dá as fantasias pseudo-históricas, a Cecil De Mille. Pobre Clio, desamparada e fóra da moda!
A verdade é que não precisou de falsear a história para escrever livros admiráveis e sedutores, como Cicéron et ses amis. Nem tampouco o inimitável Lenôtre. Dir-se-á que são poucos. Et pour cause...
Se o nosso propósito tivesse sido apenas tratar das idéias filosóficas de Farias Brito, teria sido possível fazer um livro sem sair do Rio de Janeiro. Era até mais cômodo ficar em nosso gabinete, cer-