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Uma garrafa tenho de que provo
Eu mesma ás vezes, e que já não deita
Fedor algum; servir-vos vou de prompto
Um copinho bem cheio.
(baixo)
Mas se este homem
Sem estar preparado ousar bebel-o,
Bem sabeis que não dura uma só hora.
MEPHISTOPHELES
É meu amigo e ha de approveitar-lhe;
Quero dar-lhe o melhor desta cosinha.
Fórma o circulo, dize os teus encantos
E um copo bem chéio lhe ministra.
(A bruxa, com gestos extravagantes, descreve um circulo e nelle põe cousas extranhissimas; começam os vidros a tinir, o caldeirão a soar e fazem como uma musica. A final traz um livro grande,colloca os monos no circulo, fal-os servir de estante e pegar nas tochas. Acena a Fausto que se chegue.)
FAUSTO (a Mephistopheles)
Dize-me cá, para que é tudo isto?
Estas cousas ridiculas, os gestos
Delirantes e este alvar embuste
Ha muito que os conheço e os odeio.