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UMA RUA
 
Fausto. Margarida (passando.)
 
FAUSTO

Minha linda senhora, dá licença
Que para a acompanhar lhe offreça o braço?

 

MARGARIDA

Não sou senhora, nem tão pouco linda,
Para casa posso ir sem companhia.

 
(Desembaraça-se e passa.)
 
FAUSTO

Meu Deus, como é bonita a rapariga!
Nunca vi cousa assim. É tão sisuda,
Tão cheia de decencia, e ao mesmo tempo
Um não sei que se lhe acha de travesso.