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Qual torrente que em furia se despenha
E se arroja espumante até o abysmo?!
Ella em sua innocencia, retirada
Na cabana que acoita o valle alpestre,
Neste pequeno mundo, em paz serena,
Toda a sua existencia circumscripta.
A mim de Deus precito não me basta
Os penedos levar, fazer pedaços;
É mister que a sepulte e o seu socego?
Inferno, para ti mais esta victima?
Ajuda-me, demonio, a ancia mencurta.
Isso que tem de ser, emfim succeda.
Sobre mim em ruinas baqueando
O seu destino caia, e na voragem
Comigo se despenhe ella pra sempre!

 
MEPHISTOPHELES

Como de novo ferve, como arde!
Anda lá, tolo, corre a consolal-a.
Quando uma cabecinha assim não acha
Sahida, logo a morte se lhe antolha.
Viva quem se comporta com bravura!
Pouco te falta já p'ra ser diabo,
E no mundo não acho cousa alguma
Mais seinsabor, que um démo desesp'rado.