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E p'ra todos os mais sou sempre bôa!
Mas assim como só por ver-te morro,
Assim pavor occulto elle me causa,
E por malvado o tenho só por isso.
Deus me perdoe, se sou com elle injusta.
FAUSTO
Neste mundo é mister que haja de tudo.
MARGARIDA
Com similhante homem não quizera
Um instante viver. Se a porta cruza,
Olha p'ra tudo como escarnecendo
E quasi enfurecido. Vê-se logo
Que não o int'ressa nada, que não pode
Ter amor a ninguem. Dando-te o braço
Tão ditosa me sinto, e á vista delle
Confrange-se -me o peito.
FAUSTO
Tens meu anjo
Algum pressentimento.
MARGARIDA
Este horror tanto
Me possue, que se elle a nós se chega,
Acho que não te amo, e quando o vejo