Página:Fausto Traduzido por Agostinho Dornellas 1867.djvu/233

— 219 —

Me rasgaste no peito. P'ra Deus subo,
Morrendo qual soldado valoroso.

 

(expira .)

 

 
Cathedral
 
(Officio, orgam e canto. Margarida entre muito povo. Espirito máo atraz de Margarida.)
 
ESPIRITO MÁO

Margarida, como eras
Outra, quando de innocencia
Inda cheia, te chegavas
Ao altar e do livrinho
As orações murmuravas?
No coração ora tinhas
O teu Deus, ora os brinquedos
De creança. Margarida,
Em tua mente que mêdos,
Que crime no coração!
Por tua mãe 'stás rezando
Que morreu por culpa tua,
Que tormentos 'stá penando
Longos, longos? Este sangue
De quem é na tua porta?
E no teu ventre não sentes
Que se agita e te angustia,
Um ente cuja presença
Crua dôr te presagia?