Não illumina com magnificencia,
Mammon para tal festa o seu palacio?
De ditoso te preza pois que o viste!
Já pressinto os convivas appressados.
Como o vento raivoso estruge os ares,
E com golpes a nuca me fustiga!
Se ás fendas da rocha não te afferras,
Desse abysmo no fundo vae lançar-te.
Engrossa a noite escura um nevoeiro;
Ouve estalar os bosques. Assustadas
As c'rujas fogem. Lá se fendem, ouve,
Dos sempre verdes paços as columnas ;
Gemer e rebentar de longas hastes,
De forte tronco sonoroso arranco,
Estalar de raizes qué se racham !...
Em temerosa queda confundidos
Baqueando estouram troncos, e os ventos,
Pelos corgãos cobertos de destroços,
Assobiam e uivam. Nas alturas,
Ao longe, ao perto, não escutas vozes?
Oh sim, ao longo da montanha inteira,
Um magico cantar sôa estridente.