O milagre é da crença o filho amado.
Não me attrevo a aspirar a essas espheras
Onde retumba a nova abençoada;
E comtudo a este som, da infancia affeito,
Sinto-o agora revocar-me á vida.
Outr'ora do amor divino o osculo,
Do dia do Senhor nas horas graves,
Descia sobre mim; do campanario
O tanger tão presago me soava
E era uma oração, almo deleite;
Um ineffavel mas bem doce anceio
A vaguear nos bosques m'impellia,
E por entre mil lagrimas ardentes,
Sentia-me surgir no peito um mundo.
Da juventude os jogos prazenteiros
Annunciava est'hymno, o prazer livre
Da louçan primavera; ora saudosas -
Recordações e um sentir d'infante,
Do passo ultimo e grave me desviam.
Resoae, resoae, celestes hymnos!
Lagrimas verto, recobrou-me a terra!
Já o sepultado
Vivente, exaltado
Aos ceus remontou;
A vida já gosa,
No crear s'encerra;