356 S. A. Sisson

Um fato sobretudo põe em brilhante relevo a magnanimidade desse coração generoso. O bispo que tanto o hostilizara no princípio de sua carreira, recusando-lhe as ordens sacras que pretendia, achava-se no fim de sua vida reduzido a um estado digno de compaixão. Marinho, que então tinha assento na Câmara propôs e fez adotar pelo corpo legislativo um projeto concedendo uma pensão ao velho prelado!... Não é fácil encontrar muitos corações capazes de tanta generosidade!

Cumpre-nos porém consignar neste lugar que o prelado soube corresponder à magnanimidade do seu protetor. Marinho possuía uma carta do velho bispo que honrava tanto o benfeitor como o beneficiado.

Monsenhor Marinho era de um caráter franco e jovial. Seu espírito epigramático tornava sua conversação sumamente agradável. Achava-se ainda robusto e em toda a força de sua inteligência quando, a 3 de março de 1853, foi-nos roubado pela cruel enfermidade que tantas vítimas ilustres tem feito entre nós.