dade foi "roubado" — como dizia Proudhon. Ambos querem socializar a terra. Querem que passe para as mãos do Estado, que é o competente "receiver" da sociedade, o seu procurador, o administrador dos bens sociais.

Os planos de reivindicação do bem social-terra variam muito: vão desde a formula da Revolução Francesa ("para acabar com os privilegios é preciso guilhotinar os privilegiados"), até a maravilhosa solução de Henry George, o genial economista e sociologo americano.

Henry George não guilhotina ninguem, não mexe em nada; não altera em nada a ordem social. Limita-se a substituir todos os atuais impostos diretos e indiretos, que são monstruosos porque recaem sobre a produção (e portanto assumem a forma de "castigo ao trabalho"), por um só: o Imposto sobre o Valor da Terra, quer dizer, o imposto sobre o bem social que está na mão dos particulares. Só isso.

Esse imposto toma o nome de Imposto Unico quando alcança a unicidade, quando fica realmente sozinho, em substituição de todos os outros; antes disso chama-se Imposto Territorial.

Os paises que já abriram os olhos e renegaram o regime fiscal que Rui Barbosa condenou e que por estupidez nossa ainda vige no Brasil, são justamente os mais adiantados, civilizados e ricos do mundo: Estados Unidos, Canadá, Australia, No-

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