João Nogueira. Pretende salvar o paiz por processos violentos.
Estremeci. Casimiro Lopes, de binga na mão, accendia o cigarro. O luar estava muito branco. Um pedaço de mata apparecia, longe, e distinguiam-se as flores amarellas dos paus d ’arco.
Levantei-me, fiz um signal a João Nogueira e approximámo-nos da janella.
— Oh dr. Nogueira, diga-me cá, perguntei em voz baixa, essa historia da queda do Pereira é certa?
João Nogueira acceitou um charuto e declarou que não havia duvida nenhuma.
— O governador estava razoavel e propoz um accordo mettendo o padre no conselho. O Pereira jogou no padre e levou taboca.
— Pois, dr. Nogueira, murmurei abafando mais a voz, cuido que chegou a occasião de liquidar os meus négocios com o Pereira. Tenho marombado, espiado maré, porque o chefe era elle. Mas se foi ao barro, acabou-se. Está aqui enrascado numa conta de cabellos brancos. Vou entregar-lhe a conta. Veja se me consegue uma hypotheca.
— Perfeitamente, concordou João Nogueira.
E enthusiasmou-se :
— Perfeitissimamente! Passe a procuração. O senhor vai prestar ao partido um grande serviço. Aperte o Pereira, seu Paulo Honorio.