tocar as orelhas do cavalo e o chapéu desbarretado até a garupa, separou-se da comitiva para enfiar a Rua da Moeda.

Pouco faltava à comitiva para enfrentar com a Rua do Azeite em cuja esquina ficara de plantão o Cosme, depois da escapula do Nuno, esperando a passagem do governador para fazer-lhe a sua reverência.

Respondeu o fidalgo à zumbaia do escrevente com um sorriso animador, e à meia voz disse para o Capitão Barbosa de Lima:

— Aí está um rapaz de recado, que bem merece ser aproveitado.

— Já tinha pensado nisso, respondeu o secretário que nem vira a sonsa figura do escrevente. Consta que é de ânimo cordato; ainda que o suspeita o almotacé de pender para os de Olinda.

— Que mal vem daí? perguntou o governador com um sorriso melífluo.

Lembrou-se o capitão que também ele, antes de tomá-lo o governador a seu serviço, andara extraviado e fora do bom caminho, tendo sido um dos mais respingados entre os do partido olindense.

Com o barrete na mão, e o espinhaço reverencialmente curvo, acompanhou Cosme a cavalgada até que a viu sumir-se por trás da