ponte, e já saia em Santo Antônio, quando o Nuno esbarrou-lhe a passagem.
— Vem de Olinda, Cosme?
— Agora chego.
— Quando estoura o negócio?
— De qual negócio fala você, Nuno? retorquiu o escrevente envesgando um olhar que fez ziguezague à direita e á esquerda e veio cair sobre o bolso da véstia, onde aparecia o rolo de papel.
— Vamos cá! disse o mascatinho puxando o fuinha pela aba da roupeta.
— Pois não estamos bem aqui?
— Nada, que não me faz conta me bispem os tais malandros! Se me pilham!...
Assim falando, puxava o Nuno ao companheiro pala baixo do primeiro olhal da ponte, que a maré deixara em seco.
— Então não sabe que negócio é, hem?
— Podia jurar que não!
— Ora! Quer-se fazer de bom. Pois olhe, aqui está tudo cheio da nova; desde Fora de Portas até Arrombados não se fala senão do levante que os de Olinda pretendem fazer.
— Muito há que se rosna a este respeito; mas são boatos que dão em nada. Há certa gentinha enredeira que inventa estas cousas para ter de que mexericar.