— Com a breca!... Asseguro eu, exclamou o Nuno.

— Pois sim; caso apareça o barulho, cada um de nós há de tomar seu partido. O do Nuno já se sabe; há de ser o da família.

— Quem lhe disse?

— Assim parece.

— Vê-lo-emos. E você, Lisardo, por quem há de ser?

O poeta estremeceu; tinham-lhe tocado na tecla.

— Eu?... Vejo o caso bem intrincado. Todo o meu indivíduo desde a raiz dos cabelos até a pontinha dos pés devia ser pelos senhores de Olinda, pois são eles que abrigam e mantêm este físico. O verso lá na cidade é moeda corrente: paga o jantar na mesa dos Cavalcantis e Figueiredos, e de vez em quando rende um vestuário que o dono já não usa, porque desmereceu na cor, mas que ainda faz sua vista cá no Recife. Os senhores mercadores são excelentes pessoas...

— Todos reconhecem!... atalhou o escrevente.

— Mas destas bandas os sonetos e décimas não valem um ceitil. Podia correr o bairro todo que não acharia por eles dez réis de cominho.