das torres, onde empregava no estudo as primeiras horas do dia. Se dermos crédito a Sebastião da Rocha Pita, era muito versado em cousas de guerra, que aprendera com seu tio Diogo de Caldas Barbosa, nas lutas da liberdade do reino.

— Algumas vezes saía muito cedo a visitar os fortes e prover sobre o regimento da terra, no que era de uma atividade incansável; mas com a sofreguidão de tudo ver por si e remediar, acontecia, o que é muito comum, catar os argueiros nos olhos dos pequenos e não enxergar as traves que lhe metiam pelos seus o secretário e o ajudante.

Na mesa era sóbrio. Seu prato usual consistia em um frangão cozido com papas de arroz à moda da Índia, e que lá chamavam canjas, mas não entrava nelas caril ou alguma outra especiaria. Raro bebia vinho; e seu postre não passava de goiabas, confeitas à maneira da marmelada, doce que já então se fabricava em Pernambuco de superior qualidade.

Ergueu-se Sebastião de Castro da mesa, e dirigiu-se à galeria. Um criado disparou para correr-lhe o reposteiro e anunciá-lo; mas não lhe deu tempo o fidalgo, que apareceu de repente no meio dos ministros reunidos para a junta, produzindo neles uma confusão e atarantamento de que se não mostrou apercebido.