No elmo trazia ele por timbre uma aspa de vermelho com cinco estrelas de ouro, e na cota de malha o escudo dos Barros, campo vermelho, três bandas de prata e sobre o campo nove estrelas de ouro.

Outro cavaleiro também armado de todas as peças, e das mesmas cores, se adiantara até o pórtico e batendo três vezes no escudo com o conto da lança, clamou em voz alta:

— Ouçam todos este repto. O cavaleiro das estrelas, por mim, seu escudeiro, te desafia a ti D. Sebastião de Castro Caldas a combate singular, onde te provará à lança e à espada, a pé e na estacada,. que és um cavaleiro desleal, pois não sabes guardar a cortesia às damas.

O escudeiro, retrocedendo, foi colocar-se atrás do cavaleiro das estrelas; donde com pouco avançou de novo para repetir o repto. Foi da terceira vez que o ajudante chegou e o ouviu.

Depois disso o cavaleiro com o escudeiro deu três voltas à praça, e de cada uma delas, parando em frente à janela de palácio, gritou com uma voz esganiçada:

— Perante todos proclamo covarde D. Sebastião de Castro, que não se atreve a sustentar o seu dito em combate leal.

Esta cena a principio passara desapercebida para os oficiais de sala e mais gente que estava em palácio;