Vital receava que de um momento para outro as cousas políticas se baralhassem de modo a trazer um rompimento entre os nobres e os mascates; o que não deixaria de estorvar-lhe a empresa, pelo reforço de que se haviam de cercar os moradores de Olinda.
Naqueles dias passados o negócio parecia ter chegado ao desenlace com a imprudência do Leonardo Bezerra e seu filho, de que se tratou no capitulo anterior. Quando chegou a Olinda a notícia da prisão dos dez pernambucanos, a voz geral foi pelo levante.
Mas um oficial de sala do governador fora a visita em casa do capitão-mor, e ai afirmou que Sebastião de Castro não se tinha decidido ainda a favor dos mascates, pelo que fora rematada indiscrição dos olindenses o provocarem a medidas de rigor. Acrescentava que, ainda assim, a prisão dos dois Bezerras não tivera por causa o desacato de palácio, mas um homicídio que eles haviam perpetrado na noite antecedente.
A última acusação, sabia-se em Olinda que tinha todo o fundamento, pois fora para tomar uma vingança bárbara de pretendidas ofensas que o coronel e seu filho tinham na véspera chegado à casa de André de Figueiredo com um troço de gente armada.
Essas insinuações de palácio serenaram os ânimos,